domingo, 21 de junho de 2009

Salvem as nossas crianças


Dia 12 de junho foi o dia mundial contra a exploração do trabalho infantil.
São tantas as injustiças presentes no nosso país e no mundo que é preciso que uma data nos faça lembrar e refletir sobre uma delas. Só que dessa vez minha reflexão foi além: junto com ela me senti revoltada e de mãos atadas.
São milhões de crianças exploradas, trabalhando em plantações de fazendas, em minas, em pedreiras e nas ruas. Expostas a atividades perigosas, à prostituição, à violência sexual, manipulando ferramentas que oferecem risco e em contato com produtos químicos e gases tóxicos.
Elas não freqüentam a escola, não tem assistência médica, não brincam, não são felizes.
Encontram-se desamparadas e desprotegidas.
Desamparadas?
Mas e o Estatuto da Criança e do Adolescente, a quem ele ampara afinal?
Pois é.
Em um vídeo produzido pela Organização Internacional do Trabalho contra a exploração do trabalho infantil há um convite: “Vamos fazer nossa parte e juntos lutar contra isso”.
Mas como? A melhor opção seria contar com o cumprimento da lei.
Entretanto, lembro que certa vez uma professora me alertou que lei nem sempre é sinônimo de justiça e ela, a justiça, pode demorar a chegar.
A verdade é que estamos mergulhados em um emaranhado de leis com seus artigos, seus incisos e seus “poréns”. A lei existe (isso é fato), está posta, é objetiva, mas seu cumprimento não.
E quando me deparei com isso senti uma sensação horrível. Impotência, talvez.
O pior de tudo é que enquanto isso, essas crianças continuam a perder a infância e a ganhar um futuro nada promissor.
"A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência."
Art. 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente.